A moral
A moral vigente é a moral da decadência, segundo Nietzsche, pois esta moral afasta o homem de tudo que é natural, afastando-o, consequentemente, da fonte.
A sexualidade doentia, verificada atualmente, nada mais é do que o estímulo sexual acumulado devido à moral atual, que condena o sexo, tornando o homem não um animal, como dizem, mas um perturbado, pois se fosse animal agiria naturalmente, como é do costume dos mesmos.
A igreja afastou o homem de Deus, rebaixando-O a um deus miserável e vingativo, que condena os desobedientes (ao padre), e recompensa aqueles que, acreditando somente no amanhã (que nunca chega), negam a vida, a felicidade, a alegria e o prazer, que são tidos como sinônimos de pecado. A esses miseráveis (que são também responsáveis por misérias alheias), está reservada a felicidade eterna, como se o presente não fizesse parte da eternidade. Estes doentes, além de abrirem mão de tudo que é “pecado” (mas que pode ser usufruído por padres e ricos), ainda subvertem a verdade, espalhando a sua imundice por todos os lados, cheios de boas (e segundas) intenções, falando em nome de “deus”, e disseminando a doença no mundo. O homem nasce da mãe natureza, e a nega, em nome de uma invenção. Não estou aqui discutindo espiritualidade, mas a crença na mesma não justifica de modo nenhum a negação da vida, pois se aqui estamos é por algum motivo. O que é nocivo é o modelo de homem criado convenientemente de modo a manter o homem doente. Quem pode provar que a matéria não é, em conjunto com o espírito, parte constituinte do todo? Por que a matéria é sinônimo de pecado? O que é observável é que esta matéria, este humano forjado pela cruz, é que é um “pecado”, pois destoa de tudo aquilo que se diz ser a obra de Deus, acreditando ser superior. Nega a própria mãe, será então aprovado pelo pai?